Jornal Evangélico Luterano

Ano 2017 | número 812

Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Porto Alegre / RS - 21:16

Sínodos

Pelos Caminhos da IECLB (Criatividade e disposição para os outros 500!)

Temos bons motivos para nos alegrarmos. Talvez, o maior deles seja saber que Deus continua nos sustentando e nos conduzindo. Sabemos que não estamos sob a nossa própria sorte. Neste sentido, enquanto Sínodo Planalto Rio-grandense, temos procurado oferecer espaços de cuidado, convívio, acompanhamento para Ministros, Ministras e as suas famílias, pois sabemos que amparo e cuidado são fundamentais.

Outra razão que nos leva a jubilar é enxergar que sempre de novo temos gente nova que carrega na sua memória os bons momentos que são vivenciados na Juventude Evangélica. Além das atividades que ocorrem em diversos lugares do Brasil, temos algo significativo: Pelos Caminhos da IECLB, um convite para que a juventude conheça alguns lugares que marcaram a história da IECLB.

Por outro lado, cabe reconhecer que sempre serão necessárias ‘reformas’. Falar em reformas significa que nem tudo está como deveria estar. A nossa caminhada com os atuais Sínodos na IECLB é algo relativamente recente. No entanto, traz consigo os passos que foram dados muito antes, por isso é sensato reconhecer que, em alguns aspectos, não estamos tão bem quanto gostaríamos.

A nossa maneira de ser não tem sido focada na Ação Missionária. Notamos que deveríamos ir além daquilo que estamos realizando. Nisto se torna evidente um pouco das nossas raízes. Como IECLB, surgimos para estar ao lado dos nossos membros. Isto é muito bom, necessário e jamais pode ser ignorado. Contudo, ser Igreja de Jesus Cristo não deve se limitar. Não nos faltam textos em que Jesus enfatizou, por exemplo, que existem ovelhas em outros apriscos (Jo 10.16). Entretanto, facilmente nos fechamos e nos sentimos confortáveis como estamos. Cabe um esforço permanente para não deixar de lado a nossa responsabilidade de ir ao encontro das outras pessoas.

Recordando as nossas raízes, notamos que a tradição nos confere identidade e nos dá segurança. Podemos sentir júbilo pela perseverança (2Tm 4.7). Ainda assim, há o risco de nos tornarmos reticentes diante das inovações. Se assim ocorrer, deixaremos de ser relevantes para o contexto no qual vivemos. Um exemplo claro são as pessoas que tanto participam da vida comunitária e deixam de interagir com quem está fora deste convívio.

Olhando para a nossa trajetória, podemos notar que a inércia não precisa ser vista como algo negativo. Afinal, onde a vida comunitária flui, a tendência é que continue fluindo. Contudo, onde está parado, é fundamental que ocorram mudanças. Para isso, será indispensável contar com pessoas dispostas e capacitadas.

Apesar de, neste ano, estarmos celebrando 500 anos de Reforma, ainda estamos longe da consolidação do Sacerdócio Geral. Ministros e Ministras são valiosos e valiosas, mas não podem tomar sobre si o que cabe ao Corpo de Cristo em sua totalidade. Somente seremos Igreja de Comunidades vivas (inclusivas, atrativas e missionárias) quando agirmos de tal modo que o Ministério com Ordenação seja instrumento de Deus para capacitar cada e toda pessoa batizada.

Cremos e sabemos que o Espírito de Deus nos transforma, consola, fortalece e revigora. Se agora são outros 500 anos, somente será sob a ação deste Santo Espírito. Diante de nós, teremos adversidades e arrependimentos, mas rogamos que Deus nos conceda nova chance e nos revigore. Deste modo, teremos condições de enfrentar as situações que irão surgir.

A ausência de planejamento claro e conhecido dificulta a caminhada. O que se torna evidente em alguns momentos é que precisamos planejar de maneira simples, mas que auxilie as pessoas a se comprometerem com a maneira como seremos presença de Deus nos dias em que vivemos.

Precisamos estar cientes que até mesmo as dádivas que Deus concede não são aceitas por todas as pessoas. Não devemos nos iludir e pensar que basta ter bom conteúdo a oferecer. Entre tantas atrações e opções, até mesmo um bom tesouro pode passar despercebido. Para que sejamos Igreja nos anos que virão, criatividade e boas estratégias serão vitais.

P. Ricardo Cassen | Pastor Sinodal do Sínodo Planalto Rio-grandense

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