Aqui, nessa Igreja, nós temos lugar!
O Reino de Deus é a nossa esperança
Domingo pela manhã, vindas de vários lugares, as pessoas se aproximam do templo para participar do Culto. Já em frente à Igreja, abraços e cumprimentos renovam as forças. As conversas sobre os sofrimentos e as alegrias do cotidiano fazem perceber que enfrentamos o andar da vida do mesmo modo.
A Comunidade é o chão em que a semente para o Reino foi e é lançada. Cresce qual massa de pão com o fermento, como lemos nas Palavras de Cristo: O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farnha, até que ela se espalhe por toda massa (Mt 13.33).
Na Comunidade, estão as pessoas que, marcadas pelo Santo Batismo, participam da família de fé. A convivência entre irmãos e irmãs na fé em Jesus Cristo é um desafio vencido pelo apoio em meio às dificuldades e às alegrias que cada pessoa experimenta, de jeitos diferentes, no dia a dia da vida. A solidariedade praticada é o testemunho vivo para o convite de inclusão de mais membros.
Sempre gostei da palavra do Reformador Martim Lutero: Graças a Deus, uma criança de sete anos sabe o que é a Igreja, a saber: os santos e crentes e os cordeirinhos que ouvem a voz do seu pastor (Jo 10.3). Queremos e somos uma Igreja na qual, desde o começo da vida, temos lugar.
Conheço pessoas que, em termos políticos, têm opiniões contrárias, mas convivem, se respeitam e querem a paz. Todos e todas estão em busca do melhor e o Reino de Deus é a nossa esperança. Faz a diferença o nosso testemunho ao próximo e às pessoas da nossa família. Acreditemos!
Jesus rompe com a única via de ‘próximo’, relacionado a alguém perto de nós, amigo, amiga, parente... para além, incluindo o inimigo, que, pela nossa lógica, devemos odiar. Jesus diz amai o inimigo.
Como IECLB, membros, lideranças, Presbíteros, Presbíteras, Ministros e Ministras, servimos em união, anunciando e experimentando a ação de Deus, a Boa Nova do Evangelho da Salvação.
Façamos deste período conturbado da atualidade uma oportunidade para semear sementes de paz. Somente elas são capazes de fazer irmãos e irmãs em Cristo se respeitarem a ponto de um poder ouvir o outro com atenção e respeito.
É importante lembrar que as sementes de paz precisam de cuidados e rega constante. Não desistamos com as tentativas frustradas de semear a paz. Cristo é nosso guia. A paz que ele dá, ninguém pode tirar.
Pa. Sílvia Genz | Pastora 1a Vice-Presidente da IECLB