500 anos em Belo Horizonte/MG

Resumo dos 500 anos em Belo Horizonte

01/11/2017

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A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Belo Horizonte tem menos de 500 pessoas. Portanto, devemos ser uma das pequenas comunidades da IECLB em funções paroquiais. No entanto, queremos agradecer a Deus, a IELB e as igrejas do CONIC em Belo Horizonte que colaboraram nas diferentes atividades em torno dos 500 anos da Reforma Luterana. Tivemos debates com estudantes da PUC MInas, concertos musicais como da pianista Simone Leitão e da Orquestra da Serra, dos meninos e meninas do complexo de favelas Aglomerado da Serra, programas especiais sobre a Reforma na rádioweb Luteranos UAI, promovemos diálogos sobre a confessionalidade luterana com as igrejas do CONIC-MG, apoiamos e promovemos iniciativas pessoais, como a publicação e promoção da revista em quadrinhos Dias de Tempestades de Ueli Sonderegger. E na última semana do mês de outrubro, duas atividades fecharam culmiraram toda a programação: a homenagem da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte para as igrejas luteranas no dia 27 de outubro, onde foi apresentado o documento do prefeito municipal que institui o dia 31 de outubro como o Dia da Reforma Protestante em Belo Horizonte e o Culto Ecumênico de ação de graças pelos 500 anos da Reforma Luterana, no dia 31 de outubro - com mais de 900 pessoas participantes. Esse culto seguiu a liturgia luterana e foi celebrado numa igreja católica na capital mineira.

Em nossa realidade brasileira, onde os valores pessoais, comunitários e de cidadania são ridicularizados pelos poderes do Estado, onde o ódio e a intolerância de classe social, racial e condição sexual são promovidos, inclusive por pastores pentecostais na redes sociais - as igrejas luteranas e ecumênicas se reúnem para falar de gratidão, de penitência e de esperança. Gratidão pela Reforma Luterana e pelos avanços do diálogo ecumênico no Brasil e no mundo, através da Federação Luterana Mundial e do Conselho Mundial de Igrejas. Penitência, pela necessidade de lembrar dos conflitos do passado diante dos quais devemos reconhecer e pedir perdão pelas feridas que nos causamos mutuamente. E também esperança, porque nesse mundo onde pessoas denunciadas como corruptos - entre eles o próprio presidente Temer - compram, com dinheiro público, a sua absolvição (indulgência) na Câmara dos Deputados Federais, enquanto a sociedade assiste a tudo pela televisão sem nenhuma reação de indignação. Nesse contexto, as igrejas ecumênicas lembram que Martim Lutero não quis dividir ou fundar uma nova igreja, mas que ele foi expulso porque questionou a corrupção de sua época. Portanto, a defesa dos valores éticos como a justiça social (que é a conjugação no plural do ama ao próximo como a ti mesmo), a fraternidade, a superficialidade da ditadura do consumismo, a inclusão de quem pensa ou é de sua maneira, a não mercantilização dos recursos naturais, ao protesto contra a propaganda dos meios de comunicação que todos os dias induzem a população ao ódio social e a necessidade de escolher a segurança e abrir mão da liberdade e da democracia.

Portanto, aqui em Belo Horizonte, somos gratos a Deus pelo bom resultado de todos os nosso esforços, mas não queremos apenas ficar nas comemorações e atividades ao redor dos 500 anos da Reforma. Afinal, valorizar a tradicão não é cuidar das cinzas, mas passar adiante o calor da chama. A agenda dos outros 500 já começou.

COMUNICAÇÃO
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Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria nem o forte na sua força nem o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia.
Jeremias 9.23-24
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